Doris Hexel apresenta técnica inovadora em Congresso Mundial de Dermatologia, em Milão
Dermatologista passo-fundense desenvolve técnica inovadora e não invasiva para retardar envelhecimento facial
Movida pelas queixas dos seus pacientes, a dermatologista Doris Hexsel desenvolveu uma nova alternativa minimamente invasiva para retardar o envelhecimento facial, especialmente no que diz respeito à flacidez, que dá aquele aspecto “caído” ao rosto. Pesquisadora e Investigadora principal do Centro Brasileiro de Estudos em Dermatologia (CBED), que é responsável pela condução de mais de 50 estudos clínicos nacionais e internacionais nas áreas de dermatologia clínica, cirúrgica e estética, Doris é uma das profissionais mais conhecidas e reconhecidas no Brasil e no mundo. E usou uma substância formadora de colágeno – o ácido poli-láctico (PLLA), produto que têm se mostrado promissor e seguro no tratamento da flacidez facial e corporal, já no mercado há mais de 20 anos – para desenvolver uma técnica “batizada” por ela de “L lift”. Sua publicação já está anunciada na importante revista médica Dermatologic Surgery deste mês de julho.
O nome “L lift” se deve ao fato de o PLLA ser injetado em forma de um “L” invertido no rosto dos pacientes: a base do “L” trata a região malar até o couro cabeludo, enquanto a parte vertical do “L” trata a região pré-auricular até o ângulo da mandíbula. Com a nova formação de colágeno nestas regiões, aumenta-se a firmeza da pele e cria-se uma sustentação dos tecidos, retardando a distensão natural da pele, que ocorre com o passar do tempo e muitas vezes, precocemente, já a partir dos 30 anos.
A doutora Doris Hexsel apresentou a nova técnica em Milão em junho passado, na sessão da Sociedade Internacional de Cirurgia Dermatológica. Autora de mais de 160 publicações cientificas, ela esteve na cidade italiana para ministrar quatro aulas e coordenar um curso no Congresso Mundial de Dermatologia. A médica foi escolhida pelo Comitê Internacional do congresso para ser a Embaixadora Brasileira deste que é o maior evento da dermatologia mundial. Doris se diz muito entusiasmada pela receptividade dos colegas à técnica inovadora e pouco invasiva. E conta que uma das vantagens do procedimento é poder “customizar” os tratamentos, pois, a partir do momento em que a pele se torna mais firme, há também uma melhora dos contornos da face, com muita naturalidade e sem dar volume ao rosto, salvo necessário.
Sobre Doris Hexsel
Autora de seis livros de literatura médica – sendo um deles o primeiro livro mundial a respeito do uso cosmético da toxina botulínica (Botox) e outro sobre celulite para o público leigo – a dermatologista Doris Hexsel foi professora de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo no período de 1989 a 1999, além de preceptora da residência médica em Dermatologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, de 2009 a 2015.
É a diretora médica das Clínicas Hexsel de Dermatologia no Rio de Janeiro e em Porto Alegre, atuando principalmente na área de Dermatologia Cosmética e em Cirurgia Dermatológica. Ela é, também, a presidente eleita da Sociedade Internacional de Cirurgia Dermatologica (ISDS).
Sobre o PLLA
O PLLA foi inicialmente usado como preenchedor, neste caso tendo sido aplicado em grandes quantidades para repor volumes na face. Estudos demonstraram que esta substância, ao ser injetada abaixo da pele, induz a formação de um novo colágeno, melhorando significativamente a firmeza da pele e o seu aspecto caído. A duração deste novo colágeno é bastante satisfatória: de dois a três anos. São recomendadas três aplicações seriadas, com intervalos de um a dois meses entre cada uma delas.
O uso desta substância no tratamento da flacidez corporal já foi estudado, e seus resultados estão publicados na literatura, por diferentes autores. Algumas publicações de autores brasileiros foram pioneiras nas indicações corporais.
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