“Mãe, fui fazer um satélite e já volto”


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20 de julho de 2015

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“Mãe, fui fazer um satélite e já volto”


O jovem carazinhense Felipe Vanin (24) é um dos brasileiros que está tendo a oportunidade de participar do projeto, “Mãe, fui fazer um satélite e já volto”, do
Programa Agência Espacial Americana (NASA) e a Capitol Technology University, do Estados Unidos. Filho de Fernando e Amabile Vanin, ele está cursando a faculdade de Engenharia Eletrônica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e, desde agosto de 2014, está fazendo intercâmbio na University of Northern, em Iowa – EUA.

A participação no projeto aconteceu através do programa Ciências Sem Fronteiras, que incentiva os alunos a participarem deste tipo de atividade. Assim um professor da UFSC entrou em contato com engenheiros da NASA, e juntos criaram um curso de verão na área de engenharia espacial de uma universidade. Apos o projeto estar formado, o grupo foi composto por convite de professores, que recomendaram Felipe.

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O programa é focado em engenharia de nanosatelites, os cubeSats. “Estamos tendo aulas com professores com experiência na área (ex-funcionários da NASA) e realizando projetos em grupos interdisciplinares”, relata. Nestas matérias são abordados os mais variados assuntos e aspectos relacionados com o planejamento, desenvolvimento e execução de um nanosatélite, como: estudo de caso, trabalho com hardware, aprendizagem e pratica de técnicas de soldagem em circuitos eletrônicos, desenvolvimento de plano de testes, mecânica orbital, consumo de potência em satélites, trabalho com Raspberry-Pi (um microcontrolador) em simulação de hardware usando programação em software de voo, integração e testes de sistemas complexos.
Atualmente o projeto conta com 19 brasileiros, alunos de diferentes cursos e universidades do Brasil. No curso também acontecem visitas monitoradas ao interior de alguns centros de operações da NASA.

Felipe conta que a oportunidade de ter contato com uma nova área de conhecimento e com grandes profissionais e visitar as instalações da Agência é sensacional. “O processo para estrangeiros visitarem e trabalharem dentro dos centros de pesquisa apos os eventos de 11 de setembro de 2001 está muito mais rigoroso. Acredito que estou adquirindo muito conhecimento neste programa e que isso poderá abrir muitas portas no futuro”, salienta.
No Estado Unidos Felipe participa de aulas e laboratórios no período da manha e a tarde realiza pesquisa nos laboratórios da universidade. “Toda sexta-feira engenheiros e cientistas da NASA vem a universidade para falar sobre seus projetos e experiências na área”, comenta.

No fim deste ano Felipe retorna ao Brasil, devendo cursar mais um semestre para concluir o seu Trabalho de Conclusão de Curso e realizar o estágio e então se tornar Engenheiro Eletrônico.



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