Projur Mulher e Diversidade recebe Medalha da Assembleia Legislativa do RS


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16 de agosto de 2019

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Projur Mulher e Diversidade recebe Medalha da Assembleia Legislativa do RS


Honraria reconheceu o trabalho de 15 anos realizado pela UPF no cuidado a mulheres vítimas de violência

Atender à diversidade e às mulheres em situação de violência de gênero, doméstica e familiar, nas áreas cível e criminal é a missão do Projur Mulher e Diversidade, programa de extensão da Faculdade de Direito da Universidade de Passo Fundo (FD/UPF). A atuação realizada pelo programa foi reconhecida pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, por meio da concessão da Medalha da 55ª Legislatura. A homenagem, que foi proposta e entregue pelo deputado estadual Edgar Pretto, ocorreu no anfiteatro da FD.

Para a reitora da UPF, professora Dra. Bernadete Maria Dalmolin, a Medalha é um reconhecimento ao trabalho desenvolvido. “É uma alegria enorme receber essa homenagem para um trabalho tão significativo quanto o do Projur Mulher e Diversidade”, disse.

O presidente da Fundação Universidade de Passo Fundo (FUPF), professor Me. Luiz Fernando Pereira Neto, destacou que o programa desenvolve um papel importante, já que a região apresenta números elevados de violência contra a mulher. “A transformação dos territórios, esse é o grande objetivo dos programas de extensão, e o Projur Mulher e Diversidade se consolida efetivamente como um carro chefe, ao mesmo tempo cumprindo com o apoio a essas causas sociais que são tão importantes”, salienta.

O deputado Edgar Pretto é membro do Comitê Nacional Impulsor do movimento HeForSHe e coordenador do Comitê Gaúcho Impulsor, do qual a UPF faz parte. Desde 2011, o deputado coordena a Frente Parlamentar de Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.

Conforme o deputado, o projeto vai ao encontro de seu trabalho na prevenção e no combate a à violência contra as mulheres. “A Medalha 55ª Legislatura é concedida com a autorização da mesa diretora da Assembleia Legislativa. Fiz essa proposição porque entendo que, se há alguém que é merecedor nesta causa tão importante, que também represento, que é da igualdade, da paz, de combate à violência contra as mulheres, é o Projur”, disse o deputado, destacando o acolhimento recebido pela Universidade com o projeto HeForShe. “A UPF foi uma das primeiras universidades que acolheu essa pauta. Ela ajudou muito na divulgação. Entendo a importância da luta que, historicamente, as mulheres estão fazendo, mas é preciso ter o protagonismo dos homens, porque, se a violência acontece, é por causa dos homens, e o Projur é uma grande referência no estado e pode irradiar para outras instituições de ensino”, reitera.

Projur começou a atuar antes mesmo da Lei Maria da Penha

O Projur atua na prevenção à violência desenvolvendo atividades voltadas à informação e à sensibilização da comunidade a respeito da violência de gênero. Além disso, desenvolve trabalhos voltados aos direitos, ao empoderamento e à emancipação feminina. “O Projur se sente extremamente honrado pela entrega da Medalha 55ª Legislatura, ato que coroa um trabalho de 15 anos dedicados às demandas da comunidade. Apesar de não termos conseguido um nível de igualdade de gênero a ponto de acabar com a violência contra a mulher, é um programa que vem se mantendo na comunidade e que goza de credibilidade pela seriedade do trabalho que desenvolve”, salienta a coordenadora do Projur Mulher, professora Dra. Josiane Petry Faria.

De acordo com Josiane, em 2018, o programa ultrapassou os 2.300 atendimentos indiretos e realizou mais de 1.200 atendimentos diretos. “Destaco que o Projur nasceu em 2004, portanto, dois anos antes da publicação da Lei Maria da Penha, demonstrando que a UPF atua e se desenvolve para a sua comunidade de acordo com a necessidade de sua comunidade, até mesmo antecipando políticas públicas”, observa Josiane.

Participaram do evento o vice-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários, professor Dr. Rogerio da Silva; o secretário de Transparência e Relações Institucionais, Edison Nunes; o diretor da FD, Dr. Edmar Vianei Daudt; acadêmicos,  lideranças e representantes da comunidade.

Fotos: Jéssica França



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