Setembro amarelo alerta para a prevenção do suicídio


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9 de setembro de 2015

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Setembro amarelo alerta para a prevenção do suicídio


Precisamos falar sobre suicídio. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2012, cerca de 804 mil pessoas tiraram a própria vida. A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio, e a cada três segundos uma pessoa atenta contra a própria vida. Além disso, segundo as estimativas, um suicídio causa um impacto significativo na vida de seis pessoas próximas. O índice de suicídios tem aumentado no mundo, sendo mais frequente entre pessoas jovens.

As projeções da OMS para os próximos anos também não são otimistas. Calcula-se que até 2020 poderá ocorrer um aumento de 50% na incidência anual de mortes por suicídio em todo o mundo, ultrapassando o número de mortes decorrentes de homicídio e guerra combinados.

O suicídio não deve ser tratado como um assunto que não deve ser tocado. Para preveni-lo nós devemos justamente falar sobre ele, tanto de suas motivações quanto consequências.

 

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O dia 10 de setembro é o dia mundial de prevenção ao suicídio, mas o mês todo ganhou o tom amarelo para alertar a população sobre o tema. A campanha tem o trabalho e o apoio de diversas entidades como a Associação Brasileira de Psiquiatria em parceria com Associação Médica Brasileira – AMB, Conselho Federal de Medicina – CFM, Federação Nacional dos Médicos – FENAM, Sociedade Brasileira de Neuropsicologia – SBNP, Cruz Vermelha, Centro de Valorização da Vida – CVV, Exército Brasileiro e Ministério Público de São Paulo.

Várias ações em Universidades, hospitais e locais públicos já estão acontecendo para desmistificar a doença mental e o suicídio, numa tentativa de fazer com que a sociedade fale abertamente sobre a questão. Na região, a APPG (Associação de Psiquiátrica do Planalto Gaúcho) vai auxiliar na divulgação sobre a campanha. Para colaborar, qualquer pessoa pode iluminar ou identificar a fachada de uma casa ou prédio, ou promover outras ações que impactem a população. Todos que mandarem fotos de suas iniciativas para a fanpage do CVV – Centro de Valorização da Vida,  poderão ver o material compartilhado no Facebook.
 

Para prevenir novos casos de suicídio o reconhecimento dos fatores de risco e dos fatores protetores é fundamental. Os dois principais fatores de risco são: tentativa de suicídio anterior e doença mental, como aponta o gráfico:

 

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Segundo Saraiva Jr, existem três características principais nas pessoas com um potencial maior de suicídio: a ambivalência, a impulsividade e a rigidez. “O primeiro passo é a identificação dos indivíduos de risco por meio da avaliação clínica periódica, considerando que o risco pode mudar rapidamente”, explica. A avaliação para o risco de suicídio inclui uma entrevista clínica e, frequentemente, a coleta de dados junto a terceiros. Por isso o tratamento regular e o constante diálogo com profissionais de saúde por parte do paciente e dos familiares é um fundamental para evitar o suicídio.

 
Outras abordagens como um maior acesso a profissionais de saúde habilitados e capacitados para identificar os fatores de risco; a desmistificação da doença mental através do diálogo franco e aberto sobre o tema suicídio, inclusive na escola; a promoção de qualidade de vida; a participação da mídia nas campanhas e na NÃO divulgação de fatos e cenas chocantes sobre tentativas de suicídio ou de suicídio; um maior controle de acesso a alguns métodos (venenos em geral); e a criação de grupos de autoajuda seriam medidas impactantes na prevenção do suicídio.

 

 

 



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