8 anos de Yacamim

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18 de agosto de 2015

Tempo de Leitura: 2 minutos

8 anos de Yacamim

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Aproveitamos o aniversário da ONG para te contar um pouco mais sobre o Yacamim

 

No dia 12 de agosto de 2007 Carazinho recebia um projeto cheio de boas intenções. O Yacamim foi criado para ocupar os espaços ociosos das crianças e adolescentes carentes do município nos finais de semana. No segundo ano do projeto os idealizadores perceberam que havia uma turma reprimida que também deveria ser atendida, os meninos em situação de rua. “Naquela época trabalhávamos de segunda a segunda sem parar!”, conta a coordenadora da ONG, Vera Suckau. Os anos foram passando e, sempre com a ajuda da comunidade, o Yacamim continuava a fazer seu trabalho com os jovens da cidade. Em 2013 a ONG teve uma dificuldade financeira e também teve dificuldades para achar profissionais para trabalhar no domingo. “Resolvemos parar no fim de semana e trabalhar intensamente durante a semana mudando um pouco o nosso foco, a nossa ideia inicial”, conta.

O foco do projeto é fortalecer vínculos, sejam eles familiares ou escolares. A turma é grande, hoje cerca de 200 crianças participam do projeto, seja na sede, com atividades de segunda a sexta-feira no turno inverso ao da escola, ou nas ações-rua, uma das novidades do programa. “Temos um grande número de crianças e adolescentes que gostariam de participar, mas devido a distância não conseguem. Por isso criamos essas ações-rua. Na segunda-feira estamos no bairro Cantares, na quinta-feira na Floresta e no sábado na São Lucas, onde fizemos o projeto piloto”, explica Vera.

 

 

Assistentes sociais e psicólogos acompanham as ações nos bairros, que só na São Lucas atende cerca de 60 jovens. Os profissionais conversam com as crianças, com as famílias e tentam encontrar as necessidades reais de cada um, articulando também a rede de atendimento. “Estamos aí com novas ideias, novas demandas, coisas que a vida vai mostrando que são necessárias fazer”, ressalta. As crianças e adolescentes jogam, praticam esportes, slackline… São atividades bem diversificadas e eles escolhem o que querem fazer. Sempre tem também a merenda, é claro. “Eles já reconhecem quando a Kombi vai chegando no bairro e vão dizendo ‘olha a Kombi do Yacamim!’”, comenta a coordenadora.

 

 

O trabalho todo é feito por profissionais remunerados. Todos os recursos financeiros da ONG vêm de pessoas físicas e jurídicas de Carazinho e também de projetos que apoiam essas atitudes como o Brasil Fundaition, a Rede Solidariedade, o Governo do Estado, entre outros. Este é o 1º ano que a Prefeitura do Município auxilia o Yacamim com recursos financeiros. A ONG já teve voluntários, mas o trabalho voluntário não criava o compromisso que a entidade precisa para manter tudo funcionando. “Às vezes um não podia hoje, outro não podia amanhã e como trabalhamos com crianças que tem muitos vínculos rompidos não poderíamos deixar que elas tivessem mais esse vínculo rompido”, argumenta.

Hoje a única carência momentânea da ONG é o local da sede. “Estamos pleiteando uma casa que vamos alugar, é o que temos para o momento”, conta Vera. Se conseguirem o local, a principal ideia é fazer um brechó permanente, pois, segundo a coordenadora, as edições que acontecem esporadicamente são sempre de grande retorno. Vera fica muito feliz ao contar que hoje o Yacamim não tem carências, pois recebe muito auxílio de toda a comunidade. “Nos enviam roupas, brinquedos, enfim, é isso que faz com que a gente se mantenha, cada um contribuindo com o que pode”, finaliza.

 

 

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