Dois anos de cirurgia robótica – feedbacks positivos consolidam a tecnologia nas cirurgias de joelho

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26 de julho de 2024

Tempo de Leitura: 2 minutos

Dois anos de cirurgia robótica – feedbacks positivos consolidam a tecnologia nas cirurgias de joelho

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No mês de maio, o IOT/HSVP comemorou dois anos da implementação da cirurgia robótica. Nesta matéria, convidamos o Dr. André Kuhn, responsável pelo Serviço de Joelho, para falar sobre as mudanças trazidas pela tecnologia neste período

Há dois anos, o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), em colaboração com o Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT), inaugurou uma nova fase nas cirurgias ortopédicas ao adquirir o robô CORI, tecnologia de segunda geração da empresa britânica Smith & Nephew. A instituição foi pioneira no Brasil ao fazer uso do robô nos procedimentos de artroplastia total de joelho – e hoje ultrapassa a marca de 300 cirurgias realizadas com o equipamento. 

De acordo com o Dr. André Kuhn, responsável pelo Serviço de Joelho HSVP/IOT, o robô CORI funciona como um apoio à cirurgia ortopédica. O cirurgião executa a tecnologia e consegue ter a tomada exata das medidas da área a ser operada, obtendo maior precisão técnica no posicionamento ideal da prótese total no joelho, o que resulta em qualidade cirúrgica e resultados mais efetivos. “A cirurgia convencional não permite esta individualização trans-operatória, ou seja, a robótica permite ao cirurgião uma segurança técnica de ajustes ósseos e de balanço ligamentares traduzindo-se numa funcionabilidade melhor, adaptado ao caso operado”, explica. 

Ainda, o cirurgião destaca que uma das principais diferenças entre as cirurgias convencionais e as realizadas com auxílio do robô é a mobilidade articular equilibrada em todos os ângulos de flexo extensão do joelho e a sensação que o paciente tem, após a cirurgia, de um joelho mais normal.

A cirurgia robótica é recomendada em todos os casos de artrose moderada à grave dos joelhos, sendo indicada para quando a função articular está deteriorada, refratária aos tratamentos não cirúrgicos medicamentosos e de reabilitação funcional.

Dr. André Kuhn
Ortopedista e Traumatologista, Especialista em Cirurgia do Joelho
Formação em Medicina pela UPF 1985-1990, residência médica de 1991-1993 no Hospital São Vicente de Paulo e IOT Passo Fundo. Especialização em Cirurgia do Joelho em Lyon, na França, 1994-1995.
Atuação em patologias do Joelho e medicina esportiva

Recuperação mais rápida
Outro benefício importante da cirurgia robótica é a redução do tempo de recuperação do paciente. Segundo o Dr. André, a tecnologia da robótica e a implantação de novas técnicas anestésicas de bloqueios analgésicos têm permitido um tempo de internação otimizado para ganho de confiança em treinar no hospital automação de reabilitação com as equipes de enfermagem e fisioterapia para uma recuperação mais rápida, menos dolorosa e mais segura em continuar em casa o que se treinou no hospital, permitindo uma autonomia mais rápida. “Muitos pacientes em 15 dias estão conseguindo deambular e até dirigir com segurança, o que não se visualizava na técnica convencional”, salienta o cirurgião. 

Ele compartilha que já teve pacientes que operaram um joelho com a técnica convencional e que, posteriormente, operaram com a robótica. “Todos dizem que a cirurgia robótica é uma cirurgia melhor, mais funcional, e que sentem uma recuperação mais tranquila. Na minha opinião é um somatório de mudanças evolutivas, a tecnologia e a melhora na analgesia que permitem uma melhor recuperação. É um trabalho de equipe que faz a diferença!”, afirma Dr. André. 

 

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