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A luta continua pela erradicação da Pólio


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23 de outubro de 2024

Tempo de Leitura: 4 minutos

A luta continua pela erradicação da Pólio


Nos últimos 35 anos, o Rotary e seus parceiros na Iniciativa Global de Erradicação da Pólio fizeram grande progresso ao reduzir os casos mundiais de poliomielite em 99,9% e limitar a circulação do vírus selvagem ao Paquistão e Afeganistão. É por isso que, ao nos aproximarmos do Dia Mundial de Combate à Pólio, em 24 de outubro, celebramos o progresso feito até aqui! No entanto, os rotarianos pedem a todos que os ajudem a terminar o trabalho de acabar de vez com a pólio e, assim, garantir que essa doença não retorne aos países livres da poliomielite e coloque em risco as crianças de todos os lugares.

No mês de agosto deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou o primeiro caso de poliomielite na Faixa de Gaza em 25 anos. O caso verificado na cidade palestina de Deir al-Balah, na região central do território, é de um bebê de 10 meses que não havia recebido nenhuma das doses previstas no esquema vacinal contra a doença, conhecida popularmente como paralisia infantil. Conforme divulgado pelas Nações Unidas, a violência em Gaza tem impedido a fase final de vacinação contra poliomielite – e essa situação, como alertou a diretora regional do Unicef para o Oriente Médio e Norte da África, Adele Khodr, em uma publicação no X, pode colocar em sério risco os esforços para interromper a transmissão do poliovírus.

A vacinação é a única forma de prevenção contra a Poliomielite, conforme destaca o Vice-presidente do Rotary de Passo Fundo e ex-professor de microbiologia da UPF, Sérgio Augusto Benvegnú. “Mesmo em países que já receberam o certificado de erradicação, como o Brasil que recebeu esse certificado em 29/9/1994 e que não registra nenhum caso da doença desde 1989, o poliovírus continua circulando. O reservatório natural do vírus é o homem e a transmissão ocorre por contato direto pessoa/pessoa ou por vias fecal-oral, alimentos ou água contaminados com fezes de doentes ou portadores.  Então, se a criança estiver vacinada, mesmo entrando em contato com o vírus, terá um nível de imunidade que impedirá que a doença se instale”, explica.

Do incentivo à aceitação da vacina ao compartilhamento de informações factuais sobre a vacinação e apelo às autoridades para que financiem atividades de erradicação da paralisia infantil, há muitas maneiras para cada um apoiar os esforços de erradicação da poliomielite. Devemos fazer a nossa parte para evitar surtos de pólio nas nossas próprias comunidades e continuar no caminho em direção à erradicação global da doença.

É importante salientar que o Brasil tem apresentado um índice de vacinação abaixo da meta recomendada pela OMS de 95%, sendo que no ano de 2022 tivemos um índice de 77% e, em 2023, de 84,13%. “As causas mais plausíveis para não atingirmos essa meta seriam: a desinformação sobre a eficácia da vacina, que não apresenta efeitos colaterais; a irresponsabilidade de pais ou responsáveis pelas crianças; e as notícias em desabono a vacina. Precisamos de mais campanhas que mostrem os benefícios da vacinação, pois atualmente não encontramos pessoas com sequelas de pólio que tenham menos de 35 ou 40 anos. Isso indica que a vacinação anti Pólio é EFICAZ”, ressalta Benvegnú.

Ele destaca que erradicar uma doença bacteriana ou viral é uma tarefa quase impossível, sendo que hoje no mundo temos apenas um exemplo: a varíola que foi erradicada do mundo através da vacinação. “A pólio também deverá ser, porém o esforço deverá ser grande e contínuo. Desde o ano de 1988 as estatísticas mostram que a Poliomielite diminuiu em cerca de 99%. Nós, Rotarianos, devemos continuar apoiando o Fundo PolioPlus que investe no combate em países onde a doença ainda é registrada, como no Paquistão, que registrou 12 casos de pólio, e no Afeganistão, com 11 casos neste ano. Seguimos otimistas e vislumbramos um final feliz!”, diz. 

A manutenção de um projeto dessa grandeza necessita de grande aporte financeiro, assim, o Fundo PolioPlus recebe mensalmente contribuições de pessoas de todo o mundo. A Fundação Bill e Melinda Gates é apoiadora dessa ação, sendo que a cada dólar que o Rotary coloca no projeto, a Fundação coloca 2. “O Rotary foi a primeira organização a incentivar a iniciativa para livrar o mundo da pólio, e inúmeros rotarianos participaram de esforços de arrecadação de fundos, vacinação e defesa da causa. A etapa final para um mundo livre da poliomielite é a mais difícil — e vamos precisar da ajuda de cada rotariano para chegar até o fim. Mas, estou confiante de que, juntos, nós vamos eliminar a pólio”, declarou Bill Gates, co-chair da Fundação Bill e Melinda Gates.

Os clubes são incentivados a doar anualmente US$1.500 ou mais à iniciativa de erradicação da pólio e os distritos a alocarem todo ano rotário pelo menos 20% do seu FDUC à causa. “Não podemos esmorecer, pois a conquista de um Mundo livre da Poliomielite não é apenas algo correto para a humanidade, mas um investimento inteligente para as gerações futuras. Será o maior presente do Rotary para o mundo!”, conclui Benvegnú. 

Dessa forma, apoiando o Rotary, teremos a oportunidade de entrar para a história quando eliminarmos a poliomielite, por isso, agora é hora de entrar em ação — acesse endpolio.org para saber como você pode se envolver com a causa.

Um pouco de história
Em 1979, houve um surto de Poliomielite nas Filipinas e os Rotarianos de lá solicitaram a ajuda do Rotary International. Foram acatados e receberam verba para aquisição de vacinas – e a partir da vacinação, foi reduzida drasticamente a incidência da Paralisia Infantil. Encorajados pela experiência das Filipinas, o Rotary se associou à OMS – Organização Mundial da Saúde. Então, em conjunto, entre 1979 a 1982 assumiram o compromisso de vacinar 13 milhões de crianças em 8 países. Em 1985, ousadamente, o Rotary elaborou um projeto chamado PolioPlus que tinha por objetivo eliminar a Poliomielite do mundo. Então, em parceria com organizações de saúde e governos, o programa teve uma abrangência mundial. 

 



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