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4 de agosto de 2020

Tempo de Leitura: 7 minutos

CONEXÃO PESSOAL

Premissas Básicas para compreender as pessoas.


Quantas vezes você já se perguntou: O que eu preciso saber para compreender as pessoas?

Como é que as pessoas são? O que elas aspiram? E o que as limitam?

Compreender as pessoas é o nosso maior desafio como seres humanos. É o que se propõe a filosofia, a psicologia, a psiquiatria, a sociologia, a antropologia, sob aspectos diferentes.

Como Sócrates dizia: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo”. A mente é a ferramenta que existe para compreender o mundo. Para viver melhor, é preciso me compreender e compreender as pessoas com as quais convivo: Meus pais, meus filhos, meu esposo ou esposa, meus colegas de trabalho, meus chefes e subordinados, meus clientes.

Mas lembre-se que esta compreensão precisa ser coerente. O que isso significa? Significa, na prática, que aquilo que alguém ensina ou cobra seja coerente com aquilo que vive ou coloca em pratica. O que é que os filhos cobram dos pais? O que os subordinados cobram de seus líderes? O que os alunos cobram de seus mestres? O que um parceiro cobra do outro?

Entendimento coerente das pessoas significa o que? Significa que eu me proponho aceitar as pessoas como elas são, entendendo que elas e eu somos parte do mesmo mundo, somos parte de um “todo” e o “todo é parte de nós”; ou seja, temos a mesma dignidade, porque fazemos parte do mesmo espaço vital, temos nossas dúvidas, nossas conquistas, nossos anseios, nossas preocupações, nossos direitos e deveres. É saber claramente que ninguém é mais do que ninguém. Somos diferentes, cada um expressando a seu modo a vida e seu jeito de ser com base nas suas crenças, naquilo que acredita e vivencia. Aqui vale a regra de ouro, ditada pelos maiores mestres da humanidade: “Não faças aos outros o que não queres que façam para você!”

Como buscar esta coerência de forma assertiva?

Podemos seguir três premissas básicas, que vão nos orientar nessa importante tarefa.

1ª Premissa: Felicidade como impulso básico para a vida.

Precisamos, acima de qualquer coisa, entender que as pessoas querem ser felizes. Querem deixar de sofrer. Querem encontrar paz e estar melhor com a Vida e as outras pessoas. Tudo o que as pessoas aprenderam até aqui, tudo o que fizeram até aqui – sempre foi tudo buscando pela felicidade. Sempre que se comportaram corretamente, seguindo as normas do meio em que viveram e vivem – buscavam e ainda buscam serem bem vistos, e com necessidade de serem bem aceitos – para serem felizes. Sempre que se revoltavam, eram agressivos, odiavam alguém ou alguma coisa – no fundo era porque se sentiam, de alguma forma, impedidos de terem alguma coisa, ou de ser alguém que gostariam de ser, também a necessidade de sentirem ser estimados – porque queriam ser felizes. Todos estão sempre em busca da felicidade, e se propõem a fazer diariamente aquilo que os fazem felizes.

Mas podemos afirmar que no dia a dia, em que tudo está sempre mudando, também a felicidade é relativa, e é condicionada. Felicidade Condicionada: Quando se coloca a felicidade atrelada a algo: Se eu ganhar na loteria… Se eu encontrar o homem (ou a mulher) certo (a) … Quando me casar… Quando tiver filhos… Quando for promovido no trabalho… Quando comprar AQUELE carrão… Quando… Se… Até que… Tomara…

É normal  que as pessoas confundam sentir prazer com ser feliz. Sentir prazer é muito passageiro. Logo preciso de mais, mais, e sempre mais. E cada vez que termina, gera ansiedade e o sentimento de que precisa buscar mais. Resultado, sobra sempre o sofrimento. Dinheiro, sexo, carro novo, férias, MBA, o mais novo celular… Tudo passa.

Mas Lici, existe uma Felicidade Livre, uma Felicidade não condicionada?  SIM! A verdadeira felicidade que poucos conhecem.

Para ver isto, tenho que mudar minha forma de ver as coisas, mudar minha paisagem mental, minha forma de ver o mundo e tudo o que nele contempla, e principalmente me conhecer melhor.

Sou realmente feliz, de uma forma completa quando consigo me conectar com a Vida como ela é! Quando eu me amo verdadeiramente me aceitando como eu sou. A verdadeira felicidade é determinada pelo estado mental de serenidade, originada do afeto e da compaixão. Se estou conectado com a Vida, o amor de alguém me dá uma sensação de felicidade, o olhar de uma criança, uma paisagem, uma música, o canto dos pássaros, o efeito contagiante do sorriso de alguém…

São sensações de paz e harmonia que brotam do meu interior e que me irradiam de energias positivas e assim eu contagio o meu próximo.

Os acontecimentos externos estão sempre mudando, têm começo, meio e fim. Se me apego a eles, acabo sempre em frustração, em insatisfação, e com uma sensação de perda. Mas é possível, sim, encontrar a paz interior, a alegria de viver, a felicidade de apreciar a vida em todas as suas expressões e conviver bem com as pessoas.

2ª Premissa: Cada um faz o seu melhor.

É fato que cada um faz, aquilo que acha ser o seu melhor. As pessoas estão sempre fazendo o melhor que podem. Imaginem o bebezinho que engatinha e começa a dar os primeiros passinhos e já busca com o olhar o sorriso e a aprovação dos que o cercam. Estamos sempre buscando agradar alguém ou uma organização em FE (Faixa Externa) ou a si mesmo e a seu interior em FI (Faixa Interna). Todos estão sempre fazendo o melhor que podem – em busca da felicidade. E para isso usam dos recursos que têm. A seu modo, estão correndo atrás da felicidade. Você é o melhor filho ou  filha que pode ser, o melhor cônjuge, o melhor pai (mãe) que pode neste momento ser, o melhor funcionário, o melhor jogador, o mais inteligente que pode ser…

Mas, tudo tem seus limites e sempre se pode ir além deles. Sempre podemos ir em busca da melhoria continua como seres humanos, como profissionais…

Olhando a nossa volta, vemos que tudo tem começo, meio e fim. Quando um ciclo está prestes a esgotar sua energia, ou é absorvido por outro, ou se abre para um novo ciclo, rompendo seus limites. Na verdade, sempre temos uma reserva infinita de energia para criar novos espaços. Podemos sempre nos expandir para algo novo, podemos nos renovar, nos transformar. Transforme-se na sua melhor versão todos os dias!

A verdade é que os limites só existem em nossa mente.  Como dizia Albert Einstein “ Tudo é impossível até que alguém duvide e acabe provando o contrário”.  Nós é que os estabelecemos. A ciência e a tecnologia são a maior prova disso, pois estão sempre rompendo aquilo que parecia definitivamente estabelecido. O que era verdade científica até ontem, hoje já está superada por novas descobertas, por um novo olhar. O carro mais potente, o computador mais avançado, o mais novo smartphone…

Quantas vezes você já se perguntou: O que eu preciso saber para compreender as pessoas?

Como é que as pessoas são? O que elas aspiram? E o que as limitam?

Compreender as pessoas é o nosso maior desafio como seres humanos.

Podemos seguir três premissas básicas, que vão nos orientar nessa importante tarefa.

Acompanhe na coluna Desenvolvimento Pessoal, a estreia da coach Lici dos Anjos.

3ª Premissa: Não tenho controle sobre coisas e pessoas – Tenho conexões.

Eu preciso aceitar aquilo que eu não posso mudar. A gente vive querendo ter tudo sob controle: os filhos, o marido ou a esposa, a equipe, a empresa, o trânsito, o carro, até mesmo o clima, a chuva, o mercado… Querer ter controle significa colocar coisas e pessoas a meu serviço. Então estudo técnicas de administração, gerenciamento financeiro e emocional; isto é, de como controlar melhor e com mais eficiência e também de como gerenciar minhas emoções referente a cada sentimento.

É preciso ter consciência de que as coisas se desgastam, inovações são superadas, as pessoas adoecem, mudam de opinião, trocam de trabalho, possuem sentimentos… Os mercados oscilam, o dinheiro se não é bem administrado acaba, os membros das famílias brigam, se separam, filhos crescem e tem seus próprios sonhos… As pessoas têm vontade própria, não se submetem… e quando se submetem, perdem a graça.

Mas, estar ligado às pessoas, aos outros seres, não depende da vontade de querer ou não querer. Nós já estamos de fato ligados a tudo: ao clima (chuva, frio, calor). Às pessoas na família, na empresa, nas lojas, no trânsito, à moda, aos costumes, às leis, ao idioma que falo, a minha cidade, meu estado, meu País, meu planeta…

As conexões existem, independentes de eu gostar ou não, e até mesmo de eu saber ou não saber que estão aí. Na verdade, só depende de mim a forma como me conecto, de que jeito eu encaro cada situação no meu dia-a-dia, de como vou reagir a cada sentimento que as ações das pessoas, ou algo que acontece que está fora do meu controle despertam em mim.  Depende de mim, se quero apenas usar dos outros e das coisas como recursos a meu serviço ou se me ponho de igual, com postura de troca, buscando compartilhar com os outros a mesma vida que é comum a todos nós. Sou eu quem decido se quero me inspirar em alguém ou se quero ser visto como um exemplo. “Toda mudança que eu busco no outro começa primeiro em mim”.

Então, qual é mesmo a atitude interior que se espera de um Líder? O que se espera é que ele esteja mentalmente aberto, centrado, atendendo as pessoas numa atitude amiga, aceitando-as como elas são, com respeito profundo por tudo aquilo que elas representam. Se espera que um líder tenha resultados de sucesso engajando as pessoas e não impondo. É preciso estar atento para não deixar que os preconceitos, os modelos mentais que tenho conscientes e inconscientes (raça, religião, profissão, classe social, jeito de se vestir, de falar, etc.) tomem a frente.  Interiormente agradecer à Vida a oportunidade de compartilhar com elas meu jeito de ser, aceitando seu jeito de ser, sem julgamentos. A paz, o amor e a felicidade foram e continuam sendo o grande grito de busca das pessoas em todas as épocas – a minha busca e a das pessoas com quem convivo é troca de energia. Já dizia o grande Mestre: “Não julgueis para não serdes julgados, pois na medida com que julgardes vós sereis julgados.”

Essas 3 Premissas básicas e seus complementos não são regras de bom comportamento, não são normas para dirigir nossas condutas. São princípios de sabedoria, colhidos dos grandes mestres da sabedoria, que nos permitem ter um olhar de compreensão mais amorosa sobre as pessoas e comunidades com quem convivemos. Nos permitem viver em paz conosco mesmo e com as pessoas. Me permite me colocar no lugar no outro, saber que tudo responde ao reflexo de minhas ações. Para mim entender o outro, eu preciso ter conexão, e a primeira conexão que eu preciso fazer é comigo mesmo. Só assim eu sou capaz de compreender e me relacionar melhor com meu próximo.

Imagens: Fonte Google.

 Colunista Vip – Desenvolvimento Pessoal

 Lici Anjos – Consultora Financeira e Emocional

CRC 083076- RS

01 de Agosto de 2020.

 



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