Em função desse cenário, nada mais apropriado do que fazer reflexões e apresentar orientações acerca da saúde.

A proposta dessa reflexão, portanto, convida a refletir seu mundo de emoções e elaborar seu comportamento, buscando, continuamente, a arte de viver. Segundo Boff (1999) “O cuidado  vive do amor, da ternura, da carícia e da convivência”. Mais do que só remédios, exames e outros procedimentos, as pessoas necessitam de uma escuta empática, de explicações e respostas aos padecimentos, cujas causas são desconhecidas.

Mesmo com tantos avanços tecnológicos e científicos e os recursos disponíveis no mundo atual, continuamos humanos, tendo que enfrentar uma longa trajetória, e administrar os mesmos sentimentos de insegurança, medo, culpa, inveja, solidão, desamparo, frustrações que todo o ser humano carrega. Cuidar das emoções, alimentar afetos, aprimorar o comportamento são carinhos dedicados para tratar a saúde mental.

A saúde mental tem sido foco de debates e políticas públicas, sendo mais evidenciada diariamente pelos meios de comunicação, antes mesmo da pandemia Covid 19 no mundo. Saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo expressa suas capacidades, enfrenta os estressores normais da vida, trabalha produtivamente de modo frutífero e contribuiu para a sua comunidade.

No ambiente escolar passou a ser ainda mais importante, uma vez que os autores sociais que atuam neste espaço foram, em algum nível, expostos a situações estressedoras que podem curar manifestações físicas, emocionais, comportamentais, cognitivas e sociais.

E no contexto permeado de incertezas e instabilidade como o atual, que cada um de nós está vivendo nesta pandemia da Covid-19, compreender o que é saúde mental e quais as medidas mais relevantes para prevenção e controle desse problema é fundamental.

Para evitar os desajustes mentais temos algumas dicas:

Relaxar alguns minutos por dia. Buscar formas de aquietar a mente e relaxar alguns momentos durante o dia. A meditação, alongamento e a leitura são excelentes alternativas para deixar a mente descansar e atingir um estágio de positividade.

Dê atenção a quem precisa. Pessoas isoladas e carentes são mais vulneráveis aos problemas depressivos. Segundo a OMS, a depressão é o gatilho para os desajustes mentais.

Reserve algum momento para conversar com alguém. Passar mais tempo com os pais, ou com os filhos.

Controlar a ansiedade é um grande desafio. É preciso treinar o cérebro para que ele aprenda a lidar com o que aparentemente nos domina. Vencer a ansiedade exige, pois, a conscientização da necessidade de adotar uma postura mental diferente para estar preparado quando os problemas – ou os motivos que causam a ansiedade – surgirem.

Ainda que os compromissos resultantes do estilo de vida moderno sejam desafiadores, convém reservar um tempinho para fazer algo diferente, inovador e que seja benéfico para a saúde do corpo e da mente. Cultivar bons hábitos e praticar coisas diferentes podem reduzir a ansiedade, direcionar para novos rumos e renovar a alma.

A íntima associação entre mente e o corpo justifica as crises de humor, os picos de nervosismo e de estresse resultantes das noites mal dormidas. A fisiologia humana impõe a necessidade de um sono regular para que as funções orgânicas sejam corretamente reparadas.

A manutenção de hábitos alimentares adequados também influencia bastante, para a mente.

É importante respeitar o ritmo de sua mente. Cada pessoa tem suas peculiaridades e limitações. Observe o ritmo de seu metabolismo mental e dê uma pausa para que a sua mente trabalhe no tempo adequado à restauração das funções cognitivas com vistas à recuperação da sua saúde.

A conscientização do problema é um dos pontos mais relevantes para alcançar o sucesso na recuperação dos sintomas e na minimização dos riscos que envolvem a doença.

Celsoni Luiza Danieli
Psicopedagoga Clinica e Institucional