Arquiteto se destaca por projeto que sugere reestruturação urbana na faixa de trilhos de Carazinho


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17 de julho de 2019

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Arquiteto se destaca por projeto que sugere reestruturação urbana na faixa de trilhos de Carazinho


Mateus Sohne desenvolveu como trabalho de conclusão de curso um projeto com a ideia de revitalizar a área dos trilhos de Carazinho

Formado em design e arquitetura, Mateus Sohne está sempre em busca de qualificação através de cursos de profissionalização, dentro e fora do país. Por mais conectado ao mundo que seja, na hora de criar seu projeto de conclusão de curso em arquitetura, o então estudante voltou seu olhar atento para sua cidade natal. Mateus sempre teve como sonho desenvolver um projeto que pudesse qualificar a região dos trilhos de Carazinho, pois percebia, tanto como morador, quanto como profissional de arquitetura, que aquela área tem um grande potencial. “Esse é um espaço da cidade que as pessoas pouco veem, e percebi que se essa região tivesse uma proposta que previsse a questão da mobilidade urbana, a cidade poderia ter uma visibilidade maior”, conta.

Partindo desse desejo, Mateus trabalhou no desenvolvimento do projeto, tendo como propósito buscar melhorias para essa área da cidade que pudessem trazer benefícios para os moradores. O projeto tem início na rodoviária e acompanha toda a avenida e a faixa de trilhos passando pelo centro, chegando até o prédio da gare. O projeto tem continuidade e atravessa todo o espaço onde os trilhos percorrem chegando até o elevador de grãos, onde hoje é o Clube Avenida. Ao fim da faixa de trilhos foi englobada uma área completa para se desenvolver um espaço cultural e cívico.

Além de buscar trazer mais vida para aquela região e tornar mais fácil o transporte até o centro, outro fator que moveu o arquiteto a pensar esse projeto foi o desenvolvimento econômico que ele poderia trazer à cidade. “Ao fazer um estudo histórico da cidade para a realização do projeto, percebi que Carazinho funcionou como um polo muito importante para a região, nos anos 1800 a 1920, tendo a sua faixa de trilhos funcionando como um eixo de desague de materiais que iam para a região de Pelotas. Os trilhos, no início da cidade, funcionaram como um meio importante de desenvolvimento econômico, mas, com o passar dos anos, acabaram se tornando um problema do ponto de vista urbanístico. Os trilhos se tornaram uma cicatriz urbana que impediu o desenvolvimento da cidade para o lado de lá, em que a cidade se desenvolveu de costas para os trilhos”, explica Mateus.

No mês de maio, seu projeto foi apresentado ao Secretário de Desenvolvimento de Carazinho, Dêninson Costa. Durante o momento de apresentação e conversa, eles perceberam que um projeto com essa extensão, nas condições que foi criado, não seria viável para a cidade hoje. Porém, segundo o secretário, o projeto vai servir como uma referência e um conceito para o que será feito em Carazinho. Mateus Sohne foi convidado a fazer parte do grupo de desenvolvimento do projeto, para atuar como consultor no que será desenvolvido pelo município futuramente.

 



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