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Arte e Ando pelo mundo com Nina Vogel numa temporada pelo Verão Asiático


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7 de outubro de 2024

Tempo de Leitura: 5 minutos

Arte e Ando pelo mundo com Nina Vogel numa temporada pelo Verão Asiático


No mês de julho, a multiartista Nina Vogel iniciou uma temporada na Ásia – entre duas novas criações, um filme subaquático e uma websérie e preparação para apresentações no Brasil. Diretamente do outro lado do mundo, ela conversou com a Contato VIP para contar o que já fez por lá e o que ainda vem por aí.

No dia 21 de julho, Nina Vogel iniciou sua jornada pela Ásia. Sua primeira parada foi o Japão – mas seu destino não foi a capital. Nina foi direto de Tóquio para Ino Town, uma cidade que fica no Japão profundo, na parte rural do país. Convidada pela produtora Ayumi-San, CEO e herdeira da Washi Plus Factory – Nina passou uma semana aprendendo a fabricação artesanal da produção do papel, desde o campo até a prensagem e secagem final na fábrica que  produz o papel Washi, um tipo de papel especial, feito no Japão há mais de mil anos, a partir da planta do Kozo, muito usado por artistas pelo mundo. 

“Lá no alto das montanhas ficam essas pequenas plantações da planta, que se chama Kozo. Estive lá junto com outras artistas, onde tivemos a experiência de aprender e trabalhar em todo o processo de fabricação. Foi uma experiência sensacional, pois trabalhar em todo esse processo não só te ajuda a valorizar mais o papel que está na sua frente, você entende que aquilo tem muito esforço humano, muito suor por trás. O papel está vivo, aquela planta é transformada e quando você coloca isso em um figurino e leva para o palco, sente outra energia, ele ganha outro valor”, conta Nina. 

Depois dessa primeira semana, Nina foi para Kochi, que é a capital da Província de Kochi, na região Sudoeste do Japão, a convite da produtora e diretora artística do La Forêt, Hisako Yamaura, que acompanhou seu trabalho por 2 anos. Lá, ela ficou por quatro semanas e meia para dar vida a uma nova criação, uma Ópera Fábula: Uirapuru Tori. Porém, o processo foi atrapalhado por um susto: um aviso de terremoto, seguido de um  tufão. “Fiquei na casa da própria produtora para ficar protegida, mas o terremoto acabou desviando e o tufão também, então tive muita sorte porque não peguei nenhum desastre natural. Tivemos uma estreia com duas sessões lotadas, com sol brilhando no céu! Foi uma semana muito intensa, só tivemos 2 ensaios, mas no final deu tudo certo, foi um grande sucesso!”, comemora. 

Uirapuru Tori foi a nova criação de Nina que teve estreia no Japão.
Foto: Taisuke Tsurui

Na plateia, haviam pessoas que a acompanhavam desde a sua última vinda ao país, que participaram de suas últimas apresentações e workshops. “Eu andei por muitos lugares no mundo, e posso afirmar que nunca fui tratada com tanta gentileza e afeto quanto em Kochi. Fiquei em uma casa com tudo o que eu precisava para o meu atelier, recebi dois jantares, sendo que em um, inclusive, eles contrataram um chefe de cozinha, o que foi a mais alta honra. Ganhei muitos presentes ao longo do tempo que eu estive lá e, com certeza, é uma experiência que eu levarei no meu coração”. 

A família que acolheu Nina em sua estadia no Japão.
Foto: Shinsaku Fukuda

 

Em seguida, Nina partiu para Okinawa, uma ilha separada da ilha principal do Japão, onde o seu trabalho foi dedicado ao processo de preparação para a gravação de seu filme subaquático – WE-ME, Dançando com o Invisível. Lá, a multiartista completou mais uma etapa: conquistou a certificação para free diving, ou mergulho livre em apnéia, pela AIDA – Associação Internacional para o Desenvolvimento da Apnéia, ultrapassando sua marca de 2 minutos de mergulho em apneia – o que vai facilitar o processo de gravação do filme. 

 

Nas águas de Okinawa, na preparação para o filme subaquático WE-ME, Dançando com o Invisível. Foto: Shanti

 

No momento em que conversamos para essa reportagem, Nina já contava com quase 7 semanas de viagem – e estava embarcando para o seu próximo destino na Ásia, uma nova residência artística em Taiwan (R.O.C), sendo a única mulher selecionada entre mais de 600 artistas pelo mundo para essa experiência. Ela fez parte de uma chamada mundial para artistas multidisciplinares, que trabalham com diversas áreas, com a proposta: revitalizando a criatividade. “Eles queriam artistas do mundo, pessoas criativas que conseguem criar outras realidades e mudar a nossa realidade a partir da criatividade e com poucos recursos. Aqui vemos essa valorização dos artistas e da criatividade das pessoas”, destaca. 

Lá serão mais 7 semanas entre workshops, palestras e uma nova criação, realizados em um espaço que possui uma infraestrutura única no mundo em termos de materiais disponíveis, espaço e organização. “Essa também está sendo uma experiência sensacional em termos artísticos e também de troca com outras nacionalidades, pois os outros três artistas selecionados vem do Irã, da Indonésia e da Alemanha. Tenho mais uma  criação com estreia prevista, mas desta vez não vou criar um espetáculo teatral, mas sim uma performance de intervenção artística em área externa, contando com a participação de mais artistas na criação de um figurino animável”, compartilha. O nome da criação é Eco n’ Action : trocadilho entre as palavras ecologia e ação que lidas rapidamente em inglês, soam como Conexão.

As próximas semanas de Nina serão em Taiwan (R.O.C)

 

Arte e Ando Pelo Mundo

No instagram de Nina (@ninavogelart) você pode acompanhar a websérie que ela tem compartilhado, com apoio da Europa Purificadores. Em vídeos, a artista mostra o que tem visto e feito nesta temporada pela Ásia, compartilhando muito conhecimento e arte. Para resumir, Nina está entre as estreias de duas novas criações: Uirapuru Tori, no Japão, e Eco n’ Action em Taiwan; com a Websérie Arte e Ando pelo mundo com Nina Vogel e Europa – tendo como patrocinadora a Europa Purificadores; e em processo do filme subaquático WE-ME, Dançando com o Invisível.

Entre tantos acontecimentos e vivências, Nina ainda pode refletir sobre o momento profissional que vive. “Tenho uma sensação profunda depois da experiência no Japão de que eu entrei em um outro patamar da minha carreira, tanto de reconhecimento, quanto de extremo respeito. Tive todas as honrarias possíveis em minha estadia e a maneira como fui tratada fez com que uma chave tenha mudado dentro de mim, que não tem mais como aceitar menos do que isso. Não tem mais como tolerar o desrespeito e acho que isso serve para todas as áreas da vida, mas especialmente na profissional. No Brasil, tanto produtores quanto as pessoas têm valores trocados, muitas pessoas entendem que ser artista é ser famoso, e infelizmente o imaginário coletivo acerca da arte e dos artistas é bem distorcido”, reflete. 

Ainda no Japão, Nina começou a receber convites de outras artistas, convidando-a para fazer direção e acompanhamentos, e, também, outros convites para se apresentar pelo Brasil. No final de outubro, ela fará parte da abertura da 1ª Mostra Sesc Carazinho de Teatro, evento no qual também ministrará uma oficina! Outra apresentação confirmada, acontecerá no dia 7 de dezembro, no espetáculo organizado pela Gi Andrade estúdio, em uma Noite de Gala, na Biersite. “Farei uma participação cantando e dançando músicas do musical Chicago, da Broadway, com a turma do Jazz Adulto e coreografia e direção da professora e bailarina Adriana Piscini, junto a um  grupo de mulheres sensacionais! Acho muito legal essa apresentação, para provar, especialmente para as mulheres, que não existe nada que vá fazer a gente parar de buscar coisas novas, de se aprimorar e de se apresentar!”, celebra. 

 



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