Pelas mãos de Gustavo Endres, a pira é acesa em Passo Fundo

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3 de julho de 2016

Tempo de Leitura: 3 minutos

Pelas mãos de Gustavo Endres, a pira é acesa em Passo Fundo

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O símbolo dos jogos olímpicos chegou na cidade na noite deste domingo (3). Milhares de pessoas acompanharam o momento histórico

A tocha olímpica transporta um valor histórico: na Grécia Antiga, acreditava-se que Prometeus havia roubado o fogo de Zeus. Dessa forma, durante as competições realizadas, em honra a Zeus, fogos eram acesos no seu templo e no de Hera, a sua mulher. Desde a década de 1930, a acensão da tocha precede um dos maiores eventos mundiais, que, neste ano, acontecerá no Brasil.

A chama dos Jogos Rio 2016, conforme manda a tradição, foi acesa no dia 21 de abril em Olímpia, na Grécia. Depois do ritual milenar no Templo de Hera, que contou com a participação de atores, ela embarcou para uma viagem por ar, terra e mar. “A chama olímpica vai espalhar valores de tolerância, solidariedade e paz. Em um mundo abalado por crises, a mensagem de que a humanidade é maior do que as forças que nos separam é mais relevante do que antes”, disse o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach.

Depois de ter passado pela Suíça, a tocha foi levada até Brasília, de onde seguiu para outras cidades do país. Neste domingo (3), escolhida como uma cidade de celebração, foi a vez de Passo Fundo recebê-la. Por volta das 20h, vinda de Erechim e com um pouco de atraso, ela chegou no Largo da Literatura, dando início ao sistema de revezamento.

Pelas mãos de 36 passo-fundenses e moradores da região, ela percorreu 7,5 km até chegar no Parque da Gare, a última parada. Por lá, milhares de pessoas aguardavam em clima de comemoração, entretidas com música e a presença da dupla Oswaldir e Carlos Magrão. Sem conseguir conter a ansiedade, muitas escutavam pelo rádio quanto faltava para vê-la. “É inexplicável! Achávamos que nunca veríamos e aqui estamos…”, diz Rosmari dos Santos, de 34 anos, enquanto ajudava o filho a subir na grade por onde o último participante do revezamento cruzaria.

 

Fotos: Andressa Zorzetto

 

Ele cruzou pouco mais das 21h. A euforia cresceu quando o seu nome foi revelado: era o campeão de vôlei Gustavo Endres. Ele passou correndo por todos em direção à estrutura montada para que a pira fosse acesa. Embora tenha recebido convites de outras cidades, escolheu comemorar na sua cidade natal. “Sinto carinho, sinto amor, sinto orgulho”, disse.

 

 

E não é para menos: é a primeira vez que os jogos acontecerão em um país da América Latina e a Capital da Literatura teve a honra de estar no seu mapa. Como define o secretário municipal de Esportes, Gilberto Bellaver, o orgulho pertence a todos. “Somos a primeira cidade gaúcha que encerrará o dia do revezamento e aproveitaremos para mostrar para todo o Brasil que o calor da chama olímpica combina com o calor do povo gaúcho”, enfatizou.

 

 

Percurso extenso

Mais de 330 municípios brasileiros, ao longo de 95 dias, receberão a tocha, que deve ser carregada por aproximadamente 12 mil pessoas. Serão 20 mil quilômetros por rodovias e 10 mil milhas aéreas percorridas.

No Rio Grande do Sul, além de Passo Fundo e Erechim, outros 26 municípios ainda receberão a tocha. Num percurso de mais de 2 mil quilômetros, depois de Passo Fundo, a rota segue com São Miguel das Missões, Santo Ângelo, Ijuí, Cruz Alta, Encantado, Lajeado, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, São Sepé, Caçapava do Sul, Canguçu, Rio Grande, Pelotas, São Lourenço do Sul, Camaquã, Guaíba, Porto Alegre, Canoas, Esteio, Novo Hamburgo, Gramado, Canela, Nova Petrópolis, Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Torres. A pira que dará início aos jogos Rio 2016 será acesa em agosto, no Maracanã.

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