Sobre privacidade

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.

Ser sustentável (é mais fácil do que você pensa!)


Matérias do autor


22 de abril de 2020

Tempo de Leitura: 5 minutos

Ser sustentável (é mais fácil do que você pensa!)


O que vem a sua mente quando você vê essa palavra: sustentável?  Essa palavrinha tão ouvida atualmente vem do sentido de algo que se sustenta e se mantém – mas quando falamos de meio ambiente ela ganha o sentido de algo que possa ser realizado sem que haja prejuízo ou riscos ao ambiente. Diariamente acompanhamos as mudanças climáticas e vemos a natureza pedir socorro. Por muitas vezes queremos ajudar, mas nos sentimos impotentes. Porém, as nossas ações sustentáveis, por menores que sejam, contribuem para que a realidade do nosso mundo seja transformada. E a verdade é que as possibilidades de ações são infinitas – e vão desde coisas simples como escovar os dentes com a torneira fechada para economizar água, até optar por uma forma de energia limpa, como painéis solares, para a sua casa. Pensando em te inspirar a ser mais sustentável, reunimos nessa reportagem três exemplos de ações que você pode incorporar no seu dia a dia para fazer a sua parte!

Consumo responsável e sacolas retornáveis
Leila Dal Moro é Gestora Pública, Especialista em Gestão Ambiental e Recursos Hídricos, Mestre em Engenharia Civil e Ambiental e Doutoranda em Engenharia Civil e Ambiental pela UPF. Suas pesquisas e também sua atuação profissional sempre foram voltadas para a sustentabilidade e, neste ano, ela deu vida a um novo projeto que leva o nome de “Conduzir”. Segundo ela, foi através de uma iniciativa prática do seu doutorado, orientado pela professora Luciana Londero Brandli, sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, direcionado ao objetivo de número 12 que é Produção e Consumo Responsáveis, que tudo começou. Em síntese, o projeto tem o objetivo de aliar a produção, a distribuição e o consumo de alimentos da agricultura familiar com a redução do uso de plástico, somado a capacitação dos atores locais envolvidos para assim não ser um simples comercio de sacolas. “Foi realizada uma pesquisa sobre desafios e potencialidades nos 21 municípios do Corede Produção onde a temática foi Produção e Consumo Responsável. O projeto leva em consideração um canal de distribuição de alimentos (Feira do Produtor) que é um ponto de comercialização importante para a agricultura familiar. Entretanto é gerado muito plástico nessa atividade e o uso da sacola retornável e a capacitação dos envolvidos contribuem para a minimização desse problema”, explica.

O Município de Carazinho foi quem abraçou a causa em parceria com a Secretaria de Agricultura, Emater e a Feira do Produtor, também com o patrocínio de duas empresas locais (Construtora Senger e Schuster e Medeiros). “Gosto de enfatizar que esse modelo de agricultura leva em consideração inúmeros fatores sociais, econômicos e ambientais, do mesmo modo que a Feira do Produtor de Carazinho também possui outros pontos importantes como o empoderamento da mulher no campo, a valorização do jovem na agricultura, alimentos frescos e muita diversidade. Outro grande diferencial da Feira desse Município é a forte valorização das agroindústrias e uma grande participação da agricultura urbana”, complementa Leila.

A recepção e o engajamento da população local foi, e está sendo um sucesso. A ideia é dar continuidade a esse projeto atingindo cada vez mais consumidores e, do mesmo modo, disseminar a importância dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável lançados pela ONU em 2015 com metas até 2030. “Essa agenda leva em consideração inúmeras temáticas como produção e consumo responsável, saúde, água, educação, energia entre outros”, acrescenta. Segundo Leila são inúmeras as ações que a população pode realizar em prol do planeta. Afinal, a população está crescendo muito e, segundo dados da ONU, em 2040 vamos ser mais de 9 bilhões de habitantes, e isso traz alguns desafios, entre eles, a carência de alimentação, a grande geração de resíduos, o aumento do uso de água e energia. “O planeta Terra precisa dar conta disso tudo. Dessa forma é necessário desenvolver hábitos mais sustentáveis, entre eles o uso de sacolas retornáveis, a reutilização e reciclagem, uso racional de água e energia, evitar o desperdício de alimento, reduzir o consumismo da sociedade, criar projetos e iniciativas práticas em prol do meio ambiente, usar mais o transporte coletivo, valorizar mais o alimento local entre muitos outros”, aconselha.

Biodegradáveis
Em novembro de 2018 foi sancionada em Passo Fundo a LEI Nº 5.373, que dispõe sobre a obrigatoriedade do fornecimento de canudos de papel biodegradável e/ou reciclável para restaurantes, lanchonetes, padarias, hotéis, bares e similares, vendedores ambulantes, clubes, entre outros estabelecimentos comerciais. A cidade seguiu o exemplo de muitas outras que entenderam como a mudança de um simples item de plástico poderia fazer uma enorme diferença para o mundo.

A empresária Ticiane Neto, que está à frente da Duckbill, em Passo Fundo, compartilha que em há mais de um ano os canudos biodegradáveis foram adotados pela franquia. Ela destaca a importância dessa atitude ao citar uma matéria divulgada pelo site ecycle.com.br, que mostra que o canudinho de plástico representa 4% de todo o lixo plástico do mundo e, por ser feito de polipropileno e poliestireno (plásticos),  não é biodegradável, podendo levar até mil anos para se decompor no meio ambiente! “Além disso, o canudo de plástico também é fonte de formação de microplástico, o formato mais prejudicial do plástico, que já está presente nos alimentos, no sal, nos organismos e até na água potável do mundo inteiro. Estima-se que 90% das espécies marinhas tenham ingerido produtos de plástico em algum momento”, cita.

A Duckbill é uma franquia que tem grande preocupação com o meio ambiente e que vem tentando cada vez mais incluir iniciativas sustentáveis no seu dia a dia. “Apesar de termos o nosso charmoso copo de papel, sua tampa ainda é de plástico. As nossas bebidas geladas para viagem também são servidas em copos de plásticos. Então, para consumo na loja, priorizamos os copos de vidro e xícaras de porcelana, que são reutilizáveis. No momento a equipe vem estudando a possibilidade de, no futuro, usar copos de plásticos biodegradáveis, os chamados bioplásticos, que são feitos de biocelulose, amido, entre outros materiais encontrados com ambulância na natureza”, compartilha Ticiane.

Descarte correto
Segundo a Secretaria do Meio Ambiente de Passo Fundo, os resíduos sólidos urbanos são uma responsabilidade compartilhada entre os geradores (domiciliares) e poder público. A população deve segregar, e disponibilizar corretamente os resíduos, enquanto o poder público é responsável pela coleta, transporte e destinação final dos mesmos.

Para que a coleta ocorra corretamente, os resíduos domiciliares devem ser separados e dispostos em dois tipos: resíduos recicláveis (papel, papelão, vidro, plástico, metal, alumínio) e resíduos orgânicos (restos de alimentos, verduras, frutas e legumes, erva mate, guardanapo, papel higiênico, fraldas, absorventes). “Na região central, onde estão dispostos os contentores, os resíduos orgânicos devem ser armazenados dentro dos contentores laranjas, e os resíduos recicláveis nos contentores azuis. Nos bairros, onde a coleta é convencional, deve-se disponibilizar de forma separada e em sacolas distintas as duas categorias de resíduos, o que facilita a triagem dos resíduos e o aproveitamento dos materiais recicláveis pelas cooperativas de recicladores”, explica a Secretária Municipal do Meio Ambiente Substituta, Gabriela Engers.

Quanto aos resíduos especiais, estes devem ser acondicionados separadamente, e destinados conforme indicação abaixo:

– Lâmpadas – Devem ser descartados em contentores da RECICLUS que estão disponibilizados em supermercados e lojas de eletroeletrônicos;

– Óleo de Cozinha – Deve ser armazenado em garrafa pet, vidros ou outros e após, pode ser entregue na Secretaria Municipal do Meio Ambiente ou na Cooperativa COAMA ( R. Cap. Águiar – Vila Popular, Passo Fundo – RS, 99010-560);

– Pneus – ECOPONTO Municipal de pneus, localizado ao lado da Pedreira Municipal;

– Lixo Eletrônica – Ponto de entrega SMAM;

– ECOPONTOS – que recebem diversos resíduos: Praça Santa Terezinha, Gare Estação Gastronômica, Supermercado Compre Bem e outros;
– Móveis e resíduos de poda – Solicitar o recolhimento à Secretaria de Transportes e Serviços Gerais;

– Frasco de remédios  e remédios vencidos – Farmácias que tem ponto de coleta;

– Resíduos recicláveis em grande quantidade podem ser recolhidos pelas cooperativas de recicladores sem nenhum custo (COAMA – 99131-0502,  AREVI – 99919-7454, e COTRAEMPO – 99645-3076).

 



Veja também

    Sobre privacidade

    Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.