Novos acadêmicos do curso de Medicina da UPF participam do Trote do Bem


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31 de julho de 2019

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Novos acadêmicos do curso de Medicina da UPF participam do Trote do Bem


Os calouros tiveram seus cabelos raspados por crianças em tratamento oncológico no Hospital São Vicente de Paulo

A tradição de raspar o cabelo de quem é aprovado no vestibular ganhou um novo significado há cerca de dois anos, quando o Trote do Bem foi criado. A iniciativa da Atlética do curso de Medicina da Universidade de Passo Fundo (UPF), em parceria com o Centro Oncológico Infantojuvenil do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo, foi realizada mais uma vez na tarde desta quarta-feira, dia 31 de julho. Durante a atividade, crianças em tratamento oncológico rasparam os cabelos dos novos acadêmicos do curso, numa tarde de descontração e de aprendizado para os futuros médicos.

Uma das mais empolgadas com a ação era a pequena Maria Cecília. Com quatro anos, ela está desde janeiro realizando tratamento quimioterápico devido a um câncer nos rins. De acordo com a mãe Karem Regina Kerber, das 28 sessões previstas, Maria só precisa enfrentar mais cinco. E a iniciativa de hoje foi uma oportunidade de ela se divertir. “Ela está realizada, nunca fez nada parecido e está amando. Para ela é uma coisa completamente diferente, principalmente para quem fica dentro de casa muito tempo, é uma realização”, pontuou.

Realização também para quem conseguiu ingressar no tão sonhado e disputado curso e hoje teve seu “rito de passagem”. A acadêmica Tayná Dietzmann foi uma das que aceitou o desafio e doou seus cabelos, garantindo que a decisão foi muito fácil. “Foi fácil, eu nem hesitei, até porque cabelo cresce. Eu acho que é uma atitude muito bonita e uma forma bacana de ser recebido no curso”, disse.

Para o professor do curso de Medicina e coordenador do Centro Oncológico Pablo Santiago, a iniciativa existe com dois principais objetivos. “O primeiro é a ideia de permitir que os novos estudantes passem por esse ‘batismo’, para marcar o início dessa nova fase. O segundo é o benefício dos pacientes, que acabam tendo uma atitude não tão passiva, mais ativa, raspando a cabeça dos futuros médicos”, concluiu.

 

Fotos: Camila Guedes



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