Do rádio para a televisão – a experiência da jornalista Mara Steffens no programa Narra Quem Sabe da ESPN


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11 de janeiro de 2022

Tempo de Leitura: 3 minutos

Do rádio para a televisão – a experiência da jornalista Mara Steffens no programa Narra Quem Sabe da ESPN


A jornalista Mara Steffens Nogueira compartilha como foi a sua experiência no Programa Narra Quem Sabe, projeto do canal ESPN para desenvolver os novos talentos da narração

Foi a paixão pelo esporte que levou Mara ao jornalismo. Inicialmente, a ideia era apenas trabalhar como repórter, função que exerce há alguns anos na cidade de Carazinho. Mas com o passar do tempo ela começou a observar o papel do narrador neste universo e achou que seria bacana tentar. “A primeira oportunidade demorou um pouco para acontecer. Confesso que tinha receio, mas em 2019 eu comentei na rádio que eu tinha essa vontade e poucos dias depois eu fiz a estreia. Estava super nervosa, e admito que não gostei do desempenho. Infelizmente veio a pandemia e interrompeu todas as programações. Fiquei um bom tempo sem narrar. Fiquei triste porque a narração é algo que se melhora com a prática. Em junho deste ano uma jornalista ligada a web rádio que trabalho me descobriu no instagram e me convidou para fazer parte da equipe. Estou com eles até hoje. Comecei com futebol, com jogos nacionais e sulamericanos e agora já me arrisco no basquete e no vôlei. Aqui em Carazinho, na rádio, acabei como a única narradora da equipe e, portanto, tenho feito todos os jogos que surgem”, conta.

Os colegas da Web Rádio chamaram a atenção de Mara para o período de inscrições do programa Narra Quem Sabe, que estava em andamento. Seu esposo também soube e disse que ela deveria participar. “Alguns dias depois, na semana em que as inscrições se encerravam, um amigo me ligou insistindo para que eu me inscrevesse, que seria uma ótima oportunidade se eu fosse selecionada. Então decido consultar o regulamento e li que a edição seria focada em basquete, tênis e esportes a motor. Nunca fiz nada disso! Mesmo assim decidi arriscar e fiz um piloto de basquete. Foi minha primeira narração da vida nesta modalidade e foi selecionada entre 332 inscrições”, destaca.

Com Luciana Mariano, a primeira mulher a narrar futebol no Brasil, há 30 anos

Em outubro, Mara viajou a São Paulo para participar das gravações e viver uma série de experiências incríveis. Foi a primeira vez que ela viajou de avião, a primeira vez que viu o mar, em uma das gravações do programa na Praia Grande – além de ter sido a primeira vez que fez televisão. “Sempre trabalhei com o impresso e com o rádio, então conhecer toda estrutura que existe para que a programação na televisão aconteça foi muito legal. Algo surpreendente. São muitas pessoas, equipamentos e cada um tem um papel fundamental para que a programação vá ao ar. Sem falar todos os ensinamentos e dicas que recebemos para nos tornarmos narradoras melhores, especialmente de esportes que não estamos acostumadas a fazer”, diz.

Ela também viu o mar pela primeira vez!

Segundo ela, fazer a transição do rádio para a TV foi o principal desafio, pois as narrações nos dois veículos são distintas. “No rádio o silêncio é praticamente proibido porque a voz de quem fala é a única forma de passar tudo o que está acontecendo no evento. Na TV você tem o recurso da imagem a teu favor. Você precisa apenas complementar o que o telespectador está vendo”, explica. Mara voltou para Carazinho com muitos aprendizados. Além das noções de como fazer televisão e como aproveitar melhor seu potencial vocal, trouxe consigo muitos conselhos dos talentos da ESPN. “Todos que encontramos foram muito atenciosos conosco, mesmo aqueles que esbarraram conosco de forma mais casual. Fizeram questão de, mesmo rapidamente, dar dicas, passar um pouco da experiência, uma palavra de incentivo”.


Mara passou seu aniversário no programa e recebeu uma surpresa da equipe!

Esta foi a segunda temporada do projeto Narra Quem Sabe, que hoje pode ser encarado como a porta de entrada de muitas meninas que desejam ser narradoras. “Além disso é inspiração para quem almeja conquistar espaços, não somente no jornalismo. O Narra Quem Sabe prova que as mulheres podem sonhar e realizar o que quiserem profissionalmente, mesmo que não seja no esporte. Acho que sou uma profissional totalmente diferente desde o Narra Quem Sabe. Desenvolver teu trabalho de forma regional, basicamente só para as comunidades do entorno da tua cidade é uma realidade. Ter projeção nacional, é bem diferente. Tudo que estou aprendendo estou colocando em prática. O projeto abre portas, amplia horizontes. Mais pessoas começam a te acompanhar e te admirar”, enfatiza Mara.

Se você ainda não conferiu, os episódios do programa podem ser vistos no canal do YouTube da ESPN!

 



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