UPF Parque: olhar interno para ampliar as ações para a comunidade


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13 de outubro de 2016

Tempo de Leitura: 4 minutos

UPF Parque: olhar interno para ampliar as ações para a comunidade


II Fórum de Inovação e Empreendedorismo abriu espaço para reflexões e novas possibilidades

Em pouco tempo de atuação, o Parque Científico e Tecnológico da Universidade de Passo Fundo (UPF Parque) trouxe uma nova visão sobre ciência e inovação para a Universidade, para Passo Fundo e  região. Com mais de vinte empresas atuando nos três módulos que estão em funcionamento, o Parque procura difundir a importância da popularização da ciência e estreitar a relação da UPF com outras instituições, empresas e setor público. Durante o II Fórum de Inovação e Empreendedorismo, promovido pela Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (VRPPG), juntamente com a Universidade de Kassel da Alemanha, Badesul e o Sebrae, alunos, professores, empresários, instituições e polos tecnológicos debateram ações conjuntas e melhorias para fomentar mudanças na sociedade.

A atividade foi proposta como uma possibilidade de falar sobre ciência, inovação e empreendedorismo com pessoas que atuam efetivamente na área. Segundo o reitor da UPF, José Carlos Carles de Souza, essa construção coletiva é uma preocupação da Universidade. “A Universidade vem, ao longo dos últimos anos, construindo um espaço de inovação, tecnologia e, sobretudo, empreendedorismo, no sentido de apontar ferramentas para recepcionar as iniciativas dos nossos professores e alunos, além de interagir com as empresas. O Parque Somente tem sentido se ele puder contribuir para o desenvolvimento local e regional. Imaginamos que o nosso Parque tem cumprido bem essa tarefa, uma vez que atrai o empresário, dá espaço para o nosso aluno que quer empreender e inovar e projeta a Universidade cada vez mais nesse cenário de desenvolvimento”, destacou.

 

Humanização da ciência e aproximação com a comunidade

A troca de experiências e a oportunidade de ouvir como outras instituições estão desenvolvendo seus parques científicos também marcaram o evento. Para o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Leonardo José Gil Barcellos, aos poucos o UPF Parque se consolida dentro e fora da Universidade e a aproximação com os diversos públicos é fundamental para esse processo. “É muito importante ouvir a experiência de outros parques que já estão em uma caminhada anterior, como o caso da Alemanha. São muito pertinentes as informações sobre como o parque se tornou parte da Universidade, sobre sua institucionalização e sobre a questão da humanização desse processo. Além disso, também é momento de pararmos, olharmos para o futuro e criarmos essa cultura de analisar o que fazemos para melhorar e crescer”, pontuou.

 

Evento debate ações conjuntas e melhorias para fomentar mudanças na sociedade /  Fotos: Gelsoli Casagrande

Evento debate ações conjuntas e melhorias para fomentar mudanças na sociedade / Fotos: Gelsoli Casagrande

 

Hans-Georg Flickinger, da Universidade de Kassel, apresentou o tema “Processo formativo humanista em ambientes de inovação”. Em sua opinião, diante de grandes projetos como os parques científicos, é necessário ter um olhar cuidadoso sobre a racionalidade das ações. “A ideia foi apresentar alguns exemplos sobre a necessidade de incluir dentro da pesquisa e dos projetos de inovação o aspecto humano e as implicações humanas. Por isso, trouxe algumas ações que desenvolvi ao longo de 20 anos, de projetos de pesquisa que tiveram esse envolvimento humano muitas vezes esquecido pela objetividade da pesquisa”, ressaltou.

O Fórum também se concretiza como um importante espaço para a consolidação de novas parcerias. Para o coordenador pedagógico, professor Charles Israel, a ideia é apresentar a realidade e, a partir dela, buscar novas possibilidades. “Promovemos esse segundo Fórum numa realidade bastante diferente do primeiro. Hoje, temos mais de 20 empresas que fazem parte do Parque e que, agora, vão poder trocar experiências e potencializar ações. A ideia é, também, na medida em que os projetos forem apresentados, firmar parcerias entre empresas e com a Alemanha”, frisou.

 

UPF Parque

O Módulo I do UPF Parque contempla a área de tecnologia da informação e abriga as empresas residentes Compasso e Polo-Sul.org. O primeiro módulo construído foi inaugurado em novembro de 2013 e conta com um total de 651,15 metros quadrados de área. Além das empresas, recebe os setores administrativos do Parque.

O Módulo II é onde estão instaladas a Incubadora e a Central de Equipamentos Multiusuários. Nele, encontram-se diversas empresas incubadas em diferentes áreas de atuação do UPF Parque. A área construída é de mais de 1,6 mil metros quadrados.

O Módulo III abrange as áreas metalomecânica e de computação aplicada. O espaço conta com a fábrica escola, atividade de extensão da Faculdade de Engenharia e Arquitetura (Fear), que envolve alunos de graduação, com o objetivo de aproximar os alunos de contextos relacionados a necessidades reais da indústria. Também está em  atividade a Fábrica de Software, um programa acadêmico do Instituto de Ciências Exatas e Geociências (Iceg) que tem por finalidade a criação e a avaliação de softwares. Em ambas as atividades, estão envolvidos professores das unidades e alunos dos programas de mestrado.

 

Pré-incubadas
C2SB
Lixo Eletrônico
Meneguzzi

Incubadas
AFK
Dr. X
Ensoag
Ilumina
Inovamate
Potim
Sipagro
Splora
Sucos.com
Telig
Truco Bier
Sagaz

Empresas residentes
Agromac
Centraldata
Cielo
Compasso
Inel
Polo Sul.org
Rast Sat

Projetos
Nutra-Ali
Fábrica de software (alunos da Computação)
Fábrica escola (alunos das engenharias)
Uma patente depositada pela Inel
Pesquisas sobre vacinas da AFK

Parcerias
Sebrae
Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do RS (SDECT)
PMPF
BSBios

 

Programação nesta sexta-feira (14)

Nesta sexta-feira, dia 14, o pesquisador Stefan Röetzel, da Universidade de Kassel, falará com os participantes, às 9h15min, sobre exemplos de projetos realizados e procedimentos metodológicos. Às 11h, será a vez do professor Charles Israel conversar sobre os exemplos de projetos em andamento no UPF Parque.

Depois do intervalo, às 14h, Marcos Cittolin, gestor do Parque, e o professor Stefan falam sobre as fontes de financiamento na Alemanha e no Brasil. Para encerrar a programação, às 15h45min, ocorrerá a avaliação das atividades e dos possíveis projetos de cooperação.

 



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